Estar longe não se explica, sente-se!

Actualmente são diversos os motivos que levam os jovens (e não só) a sair do nosso belo país à beira-mar plantado… sai-se à procura de oportunidades que neste momento Portugal não tem capacidades para oferecer. Sai-se em busca da qualidade de vida que se esta a perder em Portugal. Sai-se em busca de novas experiencias, de estabilidade financeira, de melhores condições de trabalho.

Mas independentemente da razão que motiva a saída, a saudade é algo que se leva na bagagem.

Estar longe não se explica, sente-se! E quando se esta longe, alimenta-se a alma com recurso às novas tecnologias. Mas as tecnologias não têm o cheiro nem o toque, não dão abraços apertados nem beijinhos nas bochechas…

Por mais integrado que se esteja no país de acolhimento, por mais que se diga que a vida agora é aqui e que regressar é algo que já não faz parte do plano, a dor da ausencia fisíca não diminui. A dor da distância que nos separa daqueles que amamos parece ser uma companheira para a vida. A dor de ver netos a crescer longe dos beijos carinhosos dos avós e das histórias contadas na cama com uma paciência que parece nunca acabar. A dor de ver sobrinhos a crescer sem os beijos, abraços e xi-corações apertados dos tios. A dor de deixar de acompanhar o crescimento dos irmãos. A dor de não ter o miminho da mamã em dias dificeis. A dor de estar longe.

Mas a cada vez que se dá o reencontro, tudo é vivido mais intensamente, cada momento é unico, tudo ganha mais amplitude, tudo parece mais genuino. E cada abraço, cada beijo, cada mimo, cada contar de histórias, cada brincadeira, parece recarregar baterias, as mesmas baterias que se vão usando e desgastando durante a ausência fisíca.

A familia é o combustivel da alma, o exilir da vida, o que aquece o coração…

E neste momento eu estou de coração cheio!

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